segunda-feira, 7 de julho de 2014

Como melhorar de forma eficaz o atendimento de autistas

Hoje eu quero compartilhar com vocês o que tenho aprendido em minha jornada musical com meu lindos anjos azuis. Às vezes eu sou mais “o aprendiz” do que “o mestre” de meus alunos com TGD.
Então segue algumas considerações de minhas práticas e que trouxe mudanças significativas nos comportamentos das crianças que trabalho:
1 – Ser o “aprendiz” ao invés de “mestre”
É preciso ter a sensibilidade para entender que é preciso prestar a atenção nos interesses das crianças. Observe o que a criança está interessada para depois envolvê-la em suas propostas.
Eu tenho um aluno não verbal que respondia à poucos estímulos e eu não sabia mais o que fazer, quando ele se levantou, foi até a estante e pegou uma maraca e escondeu debaixo do tatame. Na mesma hora me deu um estalo e comecei uma atividade de percepção auditiva. Escondia a maraca e perguntava: “cadê a maraca? Achou a maraca”. Depois ele mesmo escondia para que eu o perguntasse. Até que em um momento, meu aluno não verbal, respondeu: “Maaca”. Foi o dia mais emocionante da minha vida e que reafirmou a minha paixão pelo meu trabalho.
2 – Comece com o sensorial
Pessoas com autismo tem diferentes necessidades sensoriais. Procurar um terapeuta ocupacional irá ajudar nessas questões. Eu sempre procuro a opinião e supervisão de um especialista em Integração Sensorial para que meu trabalho seja mais eficiente.
Se a criança está buscando sensorial, você pode começar as suas sessões  pulando em um trampolim para uma batida rítmica. Se a criança está super ativa e precisa ser acalmada, você pode fornecer estimulação tátil leve com penas ou bolas de algodão como você canta. A bola também é um ótimo recurso para ajudar no sistema vestibular e proprioceptivo.
Tenho um aluno que é extremamente sensorial. No início era muito difícil trabalhar com ele até que descobri se começasse com atividades sensoriais, ele se regulava e eu conseguia colocar em pratica as aulas de música. Com o bambolê por exemplo, diminuímos os movimentos rotatórios que ele fazia sem parar. Com a bola consegui além de trabalhar ritmo, equilíbrio e uma sensação de conforto como um acalanto.
3 – Usar o silêncio tanto quanto usamos os sons musicais
Ao cantar uma música, deixe um espaço para criar oportunidade para a crianças completar. Ou ao fazer uma pergunta espere alguns segundos para ver se a resposta vem. Se a criança não conseguir cantar uma palavra ou frase, ensine um gesto para substituir a lacuna.
4 – Pista visual, calendário de atividades
Você pode organizar e estruturar suas aulas com um quadro das atividades musicais que serão realizadas no dia. Isso pode ajudar com alunos que possuem intolerância a tempo de espera, ansiedade…
Mas isso não precisa ser usado de forma rígida e você pode alterar a ordem das atividades. Afinal de contas música é expressão livre, criatividade.
Por hoje só pessoal. Até a próxima com mais dicas.
Abraços,
Michele Senra
Prof. de musicalização especial.  Pós-graduanda em Especialização em Educação Musical pelo CBM, Pós-graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Uninter, Terapeuta DIR/Floortime em formação pelo ICDL/EUA,  ministra aulas de musicalização para crianças com autismo na png do qual sou co-fundadora: Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista – CORA.
Texto e imagens: musicautista

terça-feira, 1 de abril de 2014

Antônio Lucas completa 10 anos!!!

No silêncio dessa madrugada, cá estou eu vigiando o sono do meu filho e agradecendo imensamente a Deus pelo enorme e tão belo e precioso presente que ele entregava nas minhas mãos, há exatos 10 anos atrás. Isso mesmo, meu amor mais puro e verdadeiro, hoje faz 10 anos. 
Como o tempo passa rápido! Ontem um pequeno menino, hoje praticamente um rapaz! E diga-se de passagem, que lindo rapaz ele está se transformando! Obrigada generoso Deus por teres permitido que Antônio Lucas fosse gerado num lar que o concedeu a dignidade de se encontrar segundo seus próprios termos, que reconheceu que ele era diferente sim, mas que a sua forma de ser não era uma versão defeituosa da nossa. 
Uma família que reavaliou suas posições, definiu os seus termos e que trabalhou, desde o início, incessantemente, todos os dias, e que tem persistido até os dias atuais na construção de pontes entre ele e nós. Sabemos que por trás desses olhos distantes, existe um anjo feliz! Um anjo que, em muitos momentos da sua vida, permite-me que visite a sua alma e que mergulhe no seu eu, me proporcionando um tamanho aprendizado de vida que só um ser verdadeiramente iluminado seria capaz de me oferecer. 
Obrigada Antônio Lucas! Obrigada por teres me ensinado uma nova forma de amar! E não se preocupe porque no dia que não quiseres falar eu farei de tudo pra adivinhar os seus pensamentos. Se não tiveres amiguinhos pra brincar, me esforçarei pra ser uma amiga bem interessante e divertida. Quando não conseguires aprender, tentarei ser sua melhor professora, repetirei uma, duas, três ... quantas vezes for preciso. 
Nos dias que quiser se isolar, me isolarei com você. Quando não conseguir corresponder aos meus carinhos, terei carinho por nós dois e se eu partir antes de você, não se angustie, não tenha medo. Se já faço tudo isso por você como sua mãe, imagine quando invertermos os papéis e eu passar a ser o seu ANJO!
Parabéns meu amor! Com você a minha vida ganhou uma nova cor, um novo som, um novo sentido. Amo você!





domingo, 23 de março de 2014

Cartilha do Ziraldo


Essa é uma cartilha elaborada por Ziraldo para explicar o Autismo. 
Várias cópias são distribuídas nas escolas, com o objetivo de esclarecer professores e alunos, de uma forma fácil, O QUE É O AUTISMO.
Essa mesma cartilha será distribuída em Garanhuns, em algumas escolas, durante a Semana do Autismo. 















Como decorar o quarto de uma criança autista

Crianças autistas têm necessidades diferentes das outras, e como o quarto é o espaço delas, é importante personalizá-lo, levando em conta suas necessidades especiais. Quando for decorar o quarto de seu filho autista, converse com o médico sobre implementar as mudanças e escute suas recomendações. Mais do que tudo, é importante deixar o quarto seguro e adequadamente estimulante.


Instruções


  1. 1
    Escolha cores claras para decorar o cômodo, incluindo as paredes. Não escolha cores primárias ou muito vivas. De acordo com o site Autism Learning Felt, elas podem estimular demais uma criança autista e deixá-la agitada. Escolha tons mais claros da cor favorita de seu filho, ou um azul ou turquesa claro, pois são mais tranquilizantes.
  2. 2
    Crie um espaço calmo. Evite estressar ou estimular demais seu filho com muitas decorações. Use objetos simples em cores claras. Escolha imagens da natureza para colocar nas paredes e use sons da natureza de fundo, como barulho da chuva ou de uma cachoeira. Evite usar coberturas nas luminárias, pois elas podem ser perigosas.
  3. 3
    Crie um quarto seguro. Certifique-se de que a mobília não tem beiradas afiadas e seja firme. Use plástico moldado para mesas e outros móveis ao invés de madeira, e prefira cadeiras e sofás sem armação. Cubra todas as tomadas elétricas. Acolchoe os móveis pesados e afiados e prenda as mobílias grandes à parede. Remova as tampas das caixas de brinquedo, instale protetores de janela e remova os cordões das cortinas. Mantenha todos os brinquedos e outros pertences em um local de fácil acesso para evitar que seu filho suba nos móveis para pegar alguma coisa.
  4. 4
    Instale um sistema de isolamento adequado, já que a luz e o barulho podem manter seu filho acordado. Coloque um carpete grosso e isole bem as paredes. Verifique as portas e o piso para garantir que não existam rachaduras. Lubrifique as dobradiças com frequência e use cortinas grossas ou "blackout" nas janelas.
  5. 5
    Estabeleça unidades de armazenamento. Mantenha a bagunça em um nível mínimo para reduzir o estímulo. Use caixas para guardar as coisas e mantenha o máximo de itens possíveis fora do quarto. Verifique o cômodo com frequência para garantir que ele fique organizado e se livre de coisas que não são usadas, seja guardando, vendendo ou doando.

sábado, 22 de março de 2014

Terapias que ajudam a melhorar a qualidade de vida de crianças com Autismo

Quanto às crianças com autismo que não recebem o tratamento oportuno e adequado os sintomas piorarem e têm sérios problemas em seu desenvolvimento e comportamento. Daí a importância da prática são uma terapia integral, ou seja, da combinação de diferentes métodos especializados em sua condição. 

De acordo com a ASA (Autism Society of America), uma criança com autismo deve ser tratada pelo menos oito horas e individualmente. Angela Lucia Sanchez Becerra, neuropsicólogo especializado em autismo e transtornos invasivos do desenvolvimento e diretor do Neurorehabilitar clínica, esclarece que "não autismo não são iguais, cada criança necessita ser operada em-um com um protocolo criado para ele." Neste sentido, o especialista aconselha os pais a pedir ajuda a partir do momento do diagnóstico é conhecido.Geralmente, a primeira atenção é dada a partir dos três anos, embora as crianças podem ser tratadas apartir dos 18 meses.

 Antes que seja impossível ter um diagnóstico preciso, diz o especialista. "Se a criança atinge de 2 a 5 anos para ser envolvido, você pode ajudar de muitas maneiras. Quando eles se tornam maiores, mais tratamento é intensivo ", diz Sanchez. terapia completa deve incluir processos para melhorar suas relações familiares, a sua capacidade de falar, movendo-se e ouvir. Métodos para estimular a função cerebral e terapias alternativas para melhorar suas habilidades. Todos estes devem ser aplicadas em paralelo e continuamente, como dirigido pelo médico.

O grupo familiar
O cotidiano das famílias que vivem com pacientes autistas é difícil e às vezes caótica. Portanto, é aconselhável que os pais do paciente irem a um psicólogo para discutir seus problemas em casa e receber a orientação adequada e oportuna.

Tratamento Convencional

- Fonoaudiologia: O autista tem um distúrbio de linguagem e linguagem repetitiva e metáfora. Esta terapia pretende  que a criança possa conseguir se expressar...Em seguida, trabalhar as emoções e identificá-los. O paciente é treinado não só para começar, mas manter uma conversa. 

- Perícia: trabalhar a grafomotor área e processos cognitivos, para que mais tarde a criança possa ter acesso a vida escolar. Ou seja, fazer exercícios, como abotoar uma camisa, pegue uma pinça, etc. Atividades que irá ajudá-lo mais tarde segurar um lápis, dobrar uma folha, etc 

Fisioterapia: a criança com autismo não tem problemas físicos. Em vez disso ela pode; andar, correr e saltar normalmente, mas precisa de terapia com motor e planejamento e execução. Ou seja, ensiná-lo a controlar seu corpo e as atividades que tornam funcional.

O complemento perfeito

- Equinos: gerar estímulos elétricos no cérebro, o que torna a criança mais alerta.Também ajuda a área equilíbrio e proprioceptiva (percepção interna). 

- Musicoterapia:  A maioria das crianças autistas são audição hipersensível e áreas disfuncionais. A música lhes permite relaxar e alguns conseguem cantar e tocar um instrumento. 

- Hidroterapia: trabalhar o tônus muscular, equilíbrio e diminuição da ansiedade 

- Trabalhando com sistemas: atividades terapêuticas e de lazer através do computador. Comece com o básico, sabe do monitor e do 'mouse' para a gestão dos programas que ensinam cores, formas, sons, etc.

A intervenção nutricional
A dieta é essencial para controlar os sintomas de uma criança com base de danos neurológicos. A ideia é que, através de certos alimentos, o autista diminui seus níveis de ansiedade.

Integração educacional
Quando as crianças estão abaixo de 5 ou 6 anos podem ser integrados em uma escola regular, acompanhado por um terapeuta. A ideia é socializar e aprender, se em um ritmo diferente dos outros.

Novos dados alarmantes sobre autismo: 1 em 50 crianças é afetada, diz estudo

As novas estatísticas do Centro Nacional de Saúde e Estatística mostram que o número de crianças norte-americanas afetadas pela desordem do espectro autista (DEA) aumentou consideravelmente no último ano. Na última medição, uma em cada 88 crianças tinha o transtorno, agora, esse número aumentou para uma em cada 50. 

Para o estudo, foram entrevistadas mil famílias em diferentes regiões dos Estados Unidos que tiveram que responder perguntas sobre saúde, incluindo se o filho sofria com o transtorno autista e quando ele havia sido diagnosticado. As crianças analisadas estavam na faixa dos seis aos 17 anos. Para o estudo anterior, foram consideradas crianças na faixa dos 8 anos que haviam sido diagnosticadas em centros médicos e registros oficiais. 

Essa elevação das taxas do transtorno indica, segundo o autor da pesquisa Stephen Blumberg, que provavelmente haverá mais demanda por serviços e tratamentos e que os profissionais de saúde precisam estar preparados. Assim como os outros estudos, os novos dados mostraram também que os meninos têm quatro vezes mais probabilidade de ter autismo e que entre 15% e 20% das crianças diagnosticadas não têm mais a condição. 

A ciência não descobriu até hoje a causa da doença. O que os especialistas concordam é a forte influência da genética na alteração do funcionamento do cérebro do autista. Alguns genes – e muitos foram identificados – podem ser herdados dos pais, algo raro, ou sofrer  mutações durante a formação do embrião. Mas não para por aí. Várias teorias são relacionadas a todo momento com o aparecimento do transtorno, mas nem todas são referendadas pelos médicos e nada é conclusivo. Alimentação, infecções na gravidez e até intercorrências no parto ou nos primeiros anos de vida integram essa lista. As pesquisas relacionam até fertilização in vitro e prematuridade.

Segundo Antonio Carlos de Farias, neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe (PR), o diagnóstico de autismo não é simples, e deve ser feito por um especialista, mas os pais devem estar atentos desde cedo com o comportamento dos bebês. Em especial aqueles que não oscilam reação de fome ou frio, ficam muito quietos no berço, demonstram uma fixação maior pelo objeto que pelas pessoas e não têm costume de olhar nos olhos”, diz. 

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI333829-15326,00-NOVOS+DADOS+ALARMANTES+SOBRE+AUTISMO+EM+CRIANCAS+E+AFETADA+DIZ+ESTUDO.html

Amor mais sublime

Quantas vezes deparando-me com a sua fragilidade, te pergunto, silenciosamente e aflita: O que será de ti filho querido, quando desse mundo eu já tiver partido? Sei que és um anjo especial e Deus sempre estará contigo. Mas na minha estupidez, continuo a me questionar... Como lidarão com o seu modo diferente de ser? Respeitarão você? O teu amanhecer, entardecer e o anoitecer como vai ser? Gostaria que pudesses me dizer. Tantas limitações já foram ultrapassadas, é nisso que costumo crer Tens potencial infinito, vais a cada dia desenvolver Sei que seu mundo é diferente do meu, mas muitas vezes costumo disso esquecer Descobri que só buscando o mais íntimo da sua alma, poderia te compreender Antônio Lucas és o amor mais sublime que nesta vida pude conhecer Posso viver mais de cem anos e não poderei te agradecer A forma doce e diferente que me ensinastes sobre o verdadeiro sentido do viver És luz, és vida, és esperança, és o meu maior querer Amor como esse, em nada se compara... é impossível descrever  

Rennata Amorim

"Ele é mesmo uma criança autista"

Olá, gente!

Meu nome é Rennata Amorim, sou de Garanhuns - Pernambuco, sou casada, sou dentista, atuando nesse município, e também sou representante da deficiência intelectual no COMUDE - Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência em Garanhuns.

Mas o principal e mais encantador papel que eu exerço nessa vida é ser mãe de Antônio Lucas, que nasceu em 2004, uma criança que, posteriormente, mudaria por completo o meu modo de ver o mundo e a vida.

Percebi que havia algo de errado com ele logo nos primeiros meses de vida, pois era um bebê que não interagia de forma alguma conosco. Logo pela manhã, chegava até o berço dele e dizia: "Bom dia, meu amor!" E ele não esboçava nenhum sorriso, nenhuma reação emocional. Ao longo dos meses, fui notando também que ele parecia não ouvir quando o chamávamos.

Desde o início de sua vida, procuramos levá-lo a vários médicos, de diferentes especialidades. Interessante, hoje eu tenho certeza que coração de mãe não se engana mesmo, pois diante da apatia do meu filho em relação às coisas que aconteciam ao seu redor e às pessoas, logo pensei que ele poderia ser autista.

As frases que escutamos dos especialistas iam desde "Ele não é autista", "Ele tem problemas auditivos", até "Procure fazer terapia", ou ainda "Você está vendo problemas em seu filho que não existem". No entanto, nenhum deles, até então, me convenceu.

Então, resolvi por conta própria, buscar um maior conhecimento sobre o autismo, os sintomas, o porquê de determinados comportamentos e estereotipias, e principalmente como lidar com crianças com esse espectro. E cada vez mais, fui mergulhando nesse mundo, ora por livros, ora por pesquisas na Internet, e me convencendo que meu sexto sentido estava certo.

Até que, em 2007, veio a confirmação, por meio de uma neuropediatra: "Ele é mesmo uma criança autista!"
Tenho plena certeza que, enquanto vida eu tiver, desse dia nunca mais esquecerei.

Recebi o diagnóstico, disse apenas um obrigada, levantei-me da cadeira e saí da sala dessa médica. Ela ainda me chamou, mas não retornei naquele instante, precisava respirar, pois a sensação de sufocamento era absurda!
Comecei a andar sozinha sem rumo e pensando...Meu menino é mesmo autista!


Uma mistura de sentimentos foi tomando conta de mim de forma desesperadora. O medo do desconhecido, a incerteza diante do futuro... Costumo dizer que uma coisa é você achar que o seu filho possa ser autista, outra bem diferente é ter a certeza. Uma verdadeira avalanche de pensamentos e questionamentos começaram a surgir na minha mente: "Nossa! Quer dizer que eu estava certa, ele é autista!".  "Mas como assim, autista?", "Antônio Lucas, autista?" Nos primeiros momentos, confesso que pensei que fosse enlouquecer. A dor era dilacerante, insuportável!!!

Voltei pra casa, encarei aquela nova criança que acabara de "surgir" na minha frente, abracei-a forte, entendendo agora o porquê dela se incomodar com meus abraços e beijos. Comuniquei à minha família, que, de prontidão, acolheu-me, e, em seguida, eu me isolei e chorei, chorei muito, dias seguidos...

Tempos depois, senti Deus restaurando o meu coração de mãe tão machucado.  Percebi-me, com o passar dos dias, meses, mais forte e decidi partir pra fase de luta onde persisto até os dias de hoje. A minha maior busca, o meu maior objetivo de vida, desde então, foi procurar, diária e incessantemente, a felicidade do meu filho.

E agora, apresento pra vocês Antônio Lucas, meu filho autista, meu maior motivo de orgulho e minha maior razão de viver, hoje prestes a completar 10 anos: